quinta-feira, outubro 04, 2007

 

GOVERNAR É ABRIR ESTRADAS

- Washington Luís Pereira de Souza, político e historiador brasileiro nascido em Macaé, Rio de Janeiro, em 1870, foi prefeito da cidade de São Paulo, de 1914 a 1919, governador de São Paulo de 1920 a 1924, assumindo em 1926 a presidência da República, numa fase conturbada da vida política do país, agravada pela profunda crise econômica de 1929. Foi deposto por uma junta militar em 1930. Foi membro da Academia Paulista de Letras, autor de “Contribuições para a história da capitania de São Paulo” e de “Na capitania de São Paulo”, além de muitos outros trabalhos sobre a história paulista, publicados em jornais e revistas especializadas. Quando prefeito, Washington Luís começou a construir estradas. Na presidência do país, se utilizou do lema: “Governar é abrir estradas”.
- Recentemente nosso presidente afirmou que choque de gestão é dado com a contratação de funcionários públicos competentes, com bons salários para que o povo seja bem atendido. (Nos últimos quatro anos quase todos os funcionários públicos entraram em greve, sinal que o governo paga mal.) Poderíamos pensar na frase-lema de Washington Luís e criar outra: “Governar é abrir vagas para cargos públicos”. Compreendemos a urgente necessidade de geração de empregos em nosso país. O problema é que quando o estado se propõe a gerar empregos, está sugando parte dos impostos gerados pela fatia economicamente produtiva da população, o que acaba diminuindo a capacidade geradora de empregos por parte da iniciativa privada. Nos últimos anos a elevação dos impostos em nosso país atingiu o nível limite, na mesma proporção em que o estado vem aumentando os gastos públicos de forma irrefreável. Apesar da apologia do crescimento econômico brasileiro, chegamos à conclusão que o Brasil poderia crescer duas ou três vezes mais se o estado soubesse administrar melhor seus gastos, diminuísse os impostos e se desligasse do cuidado de setores onde a iniciativa privada é incomparavelmente mais eficiente.
- Um país que não dá continuidade ao implemento e à manutenção de sua infra-estrutura, não pode prosperar economicamente nem gerar empregos suficientes para atender à demanda da população que ingressa no mercado de trabalho. O governo possui alguns bons planos, mas precisa permitir que o setor privado aprimore e desenvolva esses projetos. A construção e a manutenção de vias (ferrovias e rodovias) é um fator, que juntamente com a instalação de redes de energia elétrica, contribui para o desenvolvimento de qualquer região, conceito que foi aplicado maciçamente em países com os Estados Unidos e hoje o reflexo positivo é notório. Talvez Washington Luís tenha captado a visão correta em seu tempo observando o que outros países democráticos e capitalistas praticavam. O problema é que em nosso país as continuidades dos bons programas de governo, quando acontecem, não sofrem um aprimoramento.
- Se o Lula deseja criar empregos, que permita à iniciativa privada criar esses postos de trabalho, que aproveite esse momento em que a economia prospera, não por méritos de seu governo, mas muito mais pela favorável condição de prosperidade mundial, pois essa festa do dinheiro fácil pode acabar, e não teremos sabido aproveitar nossa maior chance de sair do atraso. A sensação é que já perdemos muito dessa bonança econômica mundial e parece que vamos continuar perdendo enquanto a visão governamental continuar embaçada e curta. Fazendo um mix da mentalidade Washington “Luís” Inácio, parece que há 81 anos atrás, o outro Luís pensava melhor e mais sintonizado com a realidade mundial.

Comments:
Não existe a menor possibilidade de comparação entre os dois, a não ser o cargo hora ocupado pelo atual.
 
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