sexta-feira, outubro 21, 2005

 

BR-364

- Com a chegada do período chuvoso, o tráfego de veículos na BR364, trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul já diminuiu bastante. No dia de ontem a estrada permanecia fechada devido as fortes chuvas da última terça-feira. Cerca de 60 caminhões permaneciam parados entre Sena e Manoel Urbano, aguardando a estrada secar. Devem ser os últimos caminhoneiros a fazerem o trajeto Rio Branco-Cruzeiro do Sul este ano. A partir do mês de novembro a estrada deverá ser fechada pelo DERACRE, reabrindo ao tráfego somente em maio ou junho de 2006.
- Com a saída das operações da VarigLog (empresa de cargas da Varig) de Cruzeiro do Sul, outras empresas deverão operar com aviões cargueiros na rota Porto Velho-Rio Branco-Cruzeiro do Sul, para o abastecimento da cidade de Cruzeiro do Sul com vários tipos de produtos, encarecendo mais uma vez o custo de vida dos cruzeirenses. Pelas informações colhidas dos caminhoneiros que conhecem a trecho da BR364 entre Sena e Feijó, no ritmo de trabalho costumeiro, ainda levará muitos anos até que o trecho entre Rio Branco e Cruzeiro seja de fato completamente pavimentado.
- O governo do Acre espera entregar até o final de 2006 a ligação asfáltica entre Cruzeiro do Sul e Feijó, sendo que este ano o asfaltamento entre Tarauacá e Feijó já foi concluído e também alguns trechos entre Cruzeiro e Tarauacá já estão preparados para receber pavimentação a partir de 2006. O povo do vale do Juruá mais uma vez ficou chupando o dedo quando o Presidente Lula anunciou há algumas semanas atrás, na cidade de Porto Maldonado, no Peru, que o governo brasileiro irá investir cerca de US$ 400 milhões para ajudar o governo peruano a pavimentar o trecho de estrada dentro do território daquele país que vai ligar o Acre ao porto de Ilo no Peru.
- A ligação rodoviária com o Pacífico certamente abrirá portas para a implementação do comércio entre os dois países, mas acreditamos que a questão merecia uma análise mais acurada da possibilidade de investir esses recursos numa ligação através do vale do Juruá, unindo Cruzeiro do Sul a Pucalpa, no Peru, numa distância de menos de 200 quilômetros, um trecho praticamente livre de inundações e de travessias de grande rios, já que a estrada correria praticamente paralela ao rio Juruá, cortando apenas os afluentes Paraná dos Mouras e Juruá-Mirim. Como Pucalpa já possui ligação rodoviária com a capital peruana Lima, as distâncias até os portos do Pacífico seriam equivalentes ou até menores e uniria assim com mais eficácia toda a economia acreana com o resto do mundo, provocando um crescimento uniformizado do Acre e uma simbiose econômica melhor deste tão isolado Estado com o resto do Brasil.
- Talvez por essas e outras grandes oportunidades perdidas é que o povo do Juruá já começa timidamente a se organizar e expressar com mais nitidez o desejo de criação do Estado do Juruá, certamente uma luta de grandes dimensões, mas não impossível. Com a palavra, nossos representantes.

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